sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Olha, sente, toca, aprecia.


Tanto tempo perdido, pormenores desarmados sem justa causa, delitos cometidos com vontade sóbria.
Compreendo agora os diálogos que nunca passaram de monólogos, as cartas devolvidas em branco, o silêncio na resposta de um grito desesperado. Quando pensava que te escrevia, não prestava atenção ao que apontava, quando falava, ouvia apenas o que me importava e acabaste por ir embora sem saber o porquê daquele adeus.
Sem saber ao certo como, o que jurava ter escrito nunca passou de uma ideia, o que pensei ter dito, acabou por se revelar um eco de emoções instantâneas.
O tempo passou e curou o que havia perdido, não preciso que respondas às perguntas que não fiz, que respondas ao que te mandei em branco, quero apenas que me deixes aqui, e que com a tempestade que está lá fora, faças voar o que nunca esperei ouvir.

Foto: www.olhares.com/burel

4 comentários:

Maria disse...

(In)felizmente o tempo não cura sempre.
Gostei.

Maria disse...

Eu juro, gosto tanto deste.

Maria disse...

Ainda bem que há pessoas parecidas connosco por aí.

kris disse...

poxa.....