
Tanto tempo perdido, pormenores desarmados sem justa causa, delitos cometidos com vontade sóbria.
Compreendo agora os diálogos que nunca passaram de monólogos, as cartas devolvidas em branco, o silêncio na resposta de um grito desesperado. Quando pensava que te escrevia, não prestava atenção ao que apontava, quando falava, ouvia apenas o que me importava e acabaste por ir embora sem saber o porquê daquele adeus.
Sem saber ao certo como, o que jurava ter escrito nunca passou de uma ideia, o que pensei ter dito, acabou por se revelar um eco de emoções instantâneas.
O tempo passou e curou o que havia perdido, não preciso que respondas às perguntas que não fiz, que respondas ao que te mandei em branco, quero apenas que me deixes aqui, e que com a tempestade que está lá fora, faças voar o que nunca esperei ouvir.
Foto: www.olhares.com/burel
4 comentários:
(In)felizmente o tempo não cura sempre.
Gostei.
Eu juro, gosto tanto deste.
Ainda bem que há pessoas parecidas connosco por aí.
poxa.....
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