quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Fugaz e apressado.


Faz-me falta olhar-te nos olhos em busca de nós, agarrar-te para te proteger, por momentos, dos teus mais assombrosos pesadelos, de sentir-te perto de mim mesmo que distante de todas as outras formas...
A tua ausência vai lentamente consumindo a pouca sanidade que me resta e o vazio, ocupando o lugar que era só e somente teu.
O teu cheiro permanece nas minhas mãos como estivesses aqui, a tua voz, reproduzida na minha cabeça sem cessar, recorda-me os momentos que queria apenas guardar. E tudo acaba por parecer não mais que um filme, distante e de cheio de ficção, um romance apressado, uma história fugaz com muito para contar, porém de curta duração.
Agora, sozinha, resta-me por fim, ser espectadora do que foi e já não volta mais...

Fotografia: olhares.aeiou.pt/Feiticeira

2 comentários:

Ana Filipa Silva disse...

Que texto lindo, uma lágrima de compreenção ia escorrendo :')

*-*

[Sem palavras...]

Ginny disse...

Acho que o verso "Trying to remember love that never really was..." nunca fez tanto sentido.