quinta-feira, 24 de abril de 2008


Há alturas que por mais conselhos que nos possam dar, por mais palavras sábias que nos tentem transmitir, nada faz sentido, nem mesmo a pessoa mais vivida nos fará acreditar numa coisa que cabe apenas nós encontrar.
Não sei para onde ir, nem sequer imagino qual é a porta que devo abrir, ou mesmo fechar, vaguei-o apenas por entre todos aqueles sentimentos perdidos e memórias apagadas. Sou somente um barco sem remos que se deixa ir pelas ondas, que recolheu a sua vela e espera que o vento regresse para deixar-se levar e assim poder regressar ao seu porto seguro.
Podia tentar guiar pelas estrelas, ou mesmo pelo sol, mas os dias têm sido nublados e nada consigo ver. Espero ansiosamente que toda esta tempestade desapareça, que o vento volte e me traga de novo a esperança, aquela que perdi quando tempestade cinzenta apareceu no horizonte, quando o azul claro do oceano transformou-se num azul-escuro de pura solidão.

1 comentário:

Jaime disse...

Não há conselhos possiveis porque:

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,

Álvaro de Campos

tudo o resto é tanga...

Beijos