quinta-feira, 27 de março de 2008

(In)felizmente aprendi em pouco tempo o que muitos levam uma vida inteira a aprender.
Há espaços em nós que apenas, e só apenas, podem ser preenchidos pelas pessoas que nos rodeiam, as pessoas que amamos.
Aprendi que por mais bens materiais que possa ter, ou vir obter, nada poderá substituir o lugar das pessoas na minha vida.
Nunca me faltou nada, sempre tive aquilo que mais queria, desde das consolas mais modernas aos telemóveis mais sofisticados.
Tudo para mim era perfeito, o que mais poderia querer?
Com o tempo aprendi que isso só não basta, foi preciso perder gente querida para perceber isso, mas por fim entendi que o vazio que essas pessoas deixaram em mim jamais seria ocupado por um objecto fútil.
Não vou ser hipócrita, não vou dizer que não gosto de ter todas essas regalias, mas abrir um presente já não me traz tanta alegria quanto antes.
Agora, apenas basta-me ver-te para meu coração saltar pela boca, para sentir aquelas mil e umas sensações.
A felicidade que estes bens nos trazem é temporária, até perderem o seu interesse, ou mesmo até se estragarem. Mas as ligações que estabelecemos com as pessoas podem ser imortais, podem ser fortalecidas, podem rejuvenescer… Podem ser um milhão de coisas e tudo isso depende de nós.
O que terá mais valor, então?
Acho que cabe a cada um procurar a resposta as suas próprias perguntas.

1 comentário:

Anónimo disse...

De que vale a alegria fugaz de algo material, perante a dor no coração causada pela saudade...
Sintonia