sábado, 28 de fevereiro de 2009

Não tem nome!


Falas como quem fuma, o teu discurso voa pela boca fora, e logo se perde no ar como nunca tivesses dito nada.
Fazes uma breve pausa e olhas-me nos olhos, sabes que choro, tenho os olhos carregados de angústia, mas as lágrimas guardo-as para mim, por dentro caiem e vão queimando tudo à sua passagem.
Podias ter calado o que querias dizer mas persististe sem qualquer razão, foi para detonar o resto de mim que não quebraste? Ou mais um teste à minha resistência?
Pára com esse jogo maldito, pára de fazer disto um divertimento, não percebes que quando destróis os outros, destróis a mim também?
Quis amar quem não conheci e foi nisto que deu, procuro e idealizo o que já não posso ter.
Não sei, nem tão pouco quero saber, sempre assim foste e nunca me importei, és sentimento, és alma que desconheço, passado que vivo no presente, e com desejo, num futuro próximo, apenas uma cicatriz, uma lembrança.


www.olhares.com/utupias

1 comentário:

as velas ardem ate ao fim disse...

Não sei, nem tão pouco quero saber, sempre assim foste e nunca me importei, és sentimento, és alma que desconheço, passado que vivo no presente, e com desejo, num futuro próximo, apenas uma cicatriz, uma lembrança.

Cicatriz essa que ira perdurar para sempre.

Escreves muito bem.