Quantas vezes já leste o que escrevi e não pensaste: “Onde será que já li isto?”.
Quantas não terão sido ao ponto de deixares de ler por tão repetitiva ser?
Não imaginas as vezes que já escrevi e reescrevi, que apaguei e voltei a escrever, mas o assunto é sempre o mesmo e as teclas, já gastas do uso repetido, sabem de cor o que se segue.
Tu que estás sempre aí para ler o que escrevo, deves pensar que sofro constantemente do mesmo mal, pois alegria são dos raros acasos que aqui publico, mas esta caixa que te deixo espreitar, é a minha caixa de Pandora, onde os meus males guardo, onde a minha escrita, bela ou não, te mostra uma pequena parte de mim. A felicidade consegue ser tão fugaz, temporária talvez, que lhe perco o gosto mesmo antes de conseguir agarrar uma caneta, enquanto a mágoa e a saudade que a sucedem, tenho mais que tempo para as descrever.