sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Aleatório.


Tentar explicar-te o que vai cá dentro é como tentar desenhar no céu.
Percebes o que quero dizer?
Não és o meu único pensamento, a minha única razão, são um turbilhão de coisas que me passam pela cabeça, mesmo que grande parte não faça sentido algum.
Perdida estou e não sei como me encontrar.
Tanto que posso escolher, mas quando tento ter tudo, acabo sem nada ter.
Gostava mesmo de poder compor os meus sentimentos, fazê-los ouvir numa curta melodia, que em menos de cinco minutos passasses a perceber o que tenho tentado explicar nestas inúmeras composições, são momentos, sentimentos, gestos, olhares, gostos, toques... são estes e mais alguns que tento descrever, porém impotente me sinto por não passarem de descrições mal feitas de recordações por mim vividas.
Como anseio saber o que a tua alma guarda, o que esconde quando estás em meus braços, os segredos que os teus olhos segredaram aos meus, ainda estão por descodificar...
Se sentes o mesmo que eu, diz-me. Farto-me de tentar perceber o que claro não deixas ficar.
Tão aleatório é este meu texto mas como poderia eu organizar o que está destinado a ficar sempre baralhado?

4 comentários:

Mafalda Chambel disse...

Explicar o que vai dentro de nós é o um dos maiores desafios da nossa vida, o maior é sem dúvida vivermos em conformidade com o que sentimos e sabermos que somos como camaleões ao longo da vida, sempre a adaptarmo-nos ao nosso habitat emocional/profissional/social.

Mas ao procurares exteriorizar o teu vulcão de emoções, o teu céu de esperanças, o teu livro da vida, elevas-te. Elevas a tua alma e apesar de (por vezes) ser doloroso ao coração certos sentimentos, certas descobertas, certas realidades, faz-nos bem tentar.

Compreendo o teu desassossego interior.


Um beijo (obrigada pelo comentário no hi5)


Mafalda

Mafalda Chambel disse...

Explicar o que vai dentro de nós é o um dos maiores desafios da nossa vida, o maior é sem dúvida vivermos em conformidade com o que sentimos e sabermos que somos como camaleões ao longo da vida, sempre a adaptarmo-nos ao nosso habitat emocional/profissional/social.

Mas ao procurares exteriorizar o teu vulcão de emoções, o teu céu de esperanças, o teu livro da vida, elevas-te. Elevas a tua alma e apesar de (por vezes) ser doloroso ao coração certos sentimentos, certas descobertas, certas realidades, faz-nos bem tentar.

Compreendo o teu desassossego interior.


Um beijo (obrigada pelo comentário no hi5)


Mafalda

Mafalda Chambel disse...

Explicar o nosso vulcão de emoções, o nosso céu de esperanças, o livro da nossa vida todo folheado e visto ao detalhe, página por página, parágrafo por parágrafo...é, obviamente, um grande desafio na nossa vida. Um desafio ainda maior é vivermos em conformidade com o que sentimos sabendo que somos pequenos camaleões adaptados ao habitat emocional/profissional/social a que corresponde a determinada fase da nossa vida.

Mas ao tentarmos exteriorizar tudo isso, apesar de confuso, encontramos sempre um fundo válido para acalmar o desassossego interior. Encontramo-nos com o nosso "eu" directamente.

Quando alguém tenta exteriorizar o seu "eu" é como se eu própria sentisse os seus caminhos dificeis, as suas vitórias e derrotas emocionais e mais importante as suas fragilidades e é em silêncio que tento ajudar e completar essa pessoa que exteriorizou sobre a forma de palavras o seu pedido de ajuda ou o seu grito de satisfação.

A escrita, as palavras, são portanto poderosas ferramentas para alcançar as pessoas.

A minha resposta ao teu escrito é silenciosa e apesar de se encontrar neste comentário não foi feita em palavras.

Beijinhos, continua sempre a escrever.

(obrigada pelo comentário no hi5)

Anónimo disse...

Consegues mesmo passar sentimentos para o "papel", isto diz tanto, é como se tivesses aberto um buraco no meu peito e espreitado lá para dentro.