terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Pesadelo da tua lembrança.



Não digas palavras que nunca mencionem, palavras que sempre ficaram silenciadas no vazio que se instalou entre nós, não faças dos meus discursos guiões de peças dramáticas e tão pouco faças com que a minha presença seja apenas mais uma no meio de tantas outras.
Criaste um filme, em que eu e tu somos as personagens principais e os nossos sentimentos ocupam os papéis secundários, os bastidores são as nossas recordações e a estreia o nosso fim.
Não voltes para mim, não voltes para casa, o que fizeste bastou para terminar com o inicio de tudo, que depois veio se a revelar o nada.
Nossa existência resumiu-se um pesadelo, não só por ser mau, mas por ser breve e ilusório.
Guarda-me como uma memória, guarda-me como um pesadelo de uma noite sombria, pois os pesadelos vêm mas nunca mais voltam.

Foto: http://www.olhares.com/Archive

1 comentário:

Anónimo disse...

Pandora,

Devemos apenas retirar o que é bom dos momentos que passamos.

Só o tempo ajuda a amenizar o sofrimento que ficou, preparando-nos para outras aventuras e fazendo--nos rir do que ficou para trás.

Continua a escrever...