sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

O peso da palavras.


Abro os olhos, ainda na escuridão, encontro-te do meu lado, como sempre estiveste, faço-te uma breve e leve festa no rosto.
Ver-te dormir, transmite-me calma, paz e segurança.
Naqueles escassos minutos que tenho para apreciar a tua serenidade, penso e reflicto sobre tudo e sobre nada, mas penso essencialmente no tempo que ainda posso vir a passar do teu lado. Se isto que sentimos durará tanto tempo assim, se não será tão breve como os contos de fadas, aqueles que têm meia dúzia de páginas e acabam com um “foram felizes para sempre”.
O sempre é tão incerto, por mais que eu queira ninguém me pode garantir que algo tão forte durará tanto tempo quanto desejo, agora.
Para muitos, julgo eu, dizer que vai durar para sempre, que o amor será eterno, é tão fácil como ligar um interruptor. Eu sou diferente, para mim é algo muito incógnito, pois o sempre é tão incerto e limitado, o amor pode ser tão óbvio hoje e amanha inexistente e distante.
Preocupo-me demais com o emprego das palavras, porque para mim as palavras não são um conjunto de letras e sílabas, são o início de sonhos e planos, ou pior, pesadelos e desavenças.
Acho que todos nós devemos ter muito cuidado com o que dizemos, dado que como para nós podem ser meras palavras mencionada num discurso comum, para outros podem ser o início de tudo ou mesmo o fim.

Foto: http://www.olhares.com/Bluedragon

3 comentários:

Piro disse...

Gostei muito do que escreves. Gostava de poder adiccionar o teu Blog a minha lista.

Anónimo disse...

Gosto da forma como te expressas, reflecte alguém que tem o dom da escrita e conhece a marca do amor.

Sê muito feliz. :-)

Bjos

Anónimo disse...

O que é bom, é bom no momento, e o que conta é vive-lo num todo naquele momento.

Abraço