quinta-feira, 7 de maio de 2009

Eram os teus olhos que eu queria ver,
O teu toque que gostaria sentir,
Podia ninguém mais existir,
Mas que pelo menos, em momentos,
Só eu e tu aqui, tão perto e não tão longe.

Parece tudo tão vazio,
Como se estivesse tudo fora do seu lugar,
As tuas palavras dançam nos meus ouvidos,
A tua imagem está despedaçada no chão,
E as nossas promessas afogadas em recordações.

Pára de me enganar, de me fazer acreditar,
Não cedas ao que desejo,
Faz-me partir com vontade,
Acaba com o que eu não consigo,
Faz desta dor, finita e não tão eterna.

Preciso de papeis principais,
Basta do secundário que deixas ficar,
Já viste bem o que sou eu?
Preciso de mais e tu não me podes dar.

Sei que não há nada para desculpar,
Afinal, fui eu que me deixei ficar,
Mas foste tu que me deixaste assim,
E agora, preciso que isto tenha o seu fim.

3 comentários:

Porcelain disse...

É tão mais fácil quando partimos com vontade... é tão mais fácil quando alguém nos dá motivos para acabar com aquilo que sabemos que temos de acabar, mas não somos capazes... porque às vezes aquilo que é maravilhoso é também acompanhado de dores paralisantes...

Um dia também achei que caberia num papel secundário... como fui ingénua... preciso de mais de alguém que não me pode dar mais... porque simplesmente não está em si. Não há nada a desculpar... fui eu que me deixei ficar.

Gostei imenso deste texto, tocou-me profundamente... tens aqui frases que vão direitas ao meu encontro...

Obrigada... :-) Beijinhos!

Borrega disse...

Espelhaste um pouca da dor que me queima a alma neste momento... Brilhante.

as velas ardem ate ao fim disse...

os barcos não se fizeram para ficar nos portos-as vezes zarpar é preciso.

Bjo e bom domingo