quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Outono



És como esta estação em que vivo, tanto de comportamento como de prazo.
Vieste e fizeste com que os meus medos e receios desaparecessem, levaste-os para longe, como fracas folhas da sua árvore. Fiquei despida a ti, nua de segredos e omissões, para que me visses tal como sou, mostrei-te o que mais belo há em mim, o mais vil e desonesto também, mas nunca direccionado a ti, foram só as palavras que registei naquele diário que te falei.
A hora do frio Inverno chegou e, assim, também a tua hora de partir para um outro lugar. Ficando aqui eu de corpo gelado e dorido sem ter com que me proteger, porém não desespero, podes ter levado um pouco de mim, mas depois destes gélidos ventos e chuvas torrenciais, chegará a altura em que voltarei a ter tudo aquilo que perdi e com o desaparecer destas negras nuvens que pairam sobre mim, um sol quente irá despertar.

Foto:www.olhares.com/SILVAZ

2 comentários:

Ivan Mota disse...

Yann Tiersen vem cá!

Maria disse...

Há ventos que não devem soprar as tuas folhas.