segunda-feira, 12 de maio de 2008

Os apontamentos que me faltavam.


Palavras soltas que fizeram parte de discursos incompreensíveis.
Pessoas que apenas lamentavam e muito pouco diziam.
O que interessa as cartas que escrevi se nunca as entreguei?
Não, não consigo dizer aquilo que perdi naquelas horas imensas.
O meu caderno nada tem, tornou-se indiferente ao tempo e ao espaço, já não contém composições de amor e saudade, sentimentos que jamais voltarão.
Fazem parte de um passado inacabado, de um presente incompleto, de tal forma inexistentes que nem a um futuro próximo pertencem.
As recordações não posso apagar, adormecerei sempre no seu regaço, serão elas que me contarão as breves histórias de embalar, memórias de pessoas a que já pertenci.

Foto:http://olhares.aeiou.pt/alfredocunha

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